A escolha errada da bike pode impactar tanto na performance quanto no físico do ciclista.
O uso da bicicleta vem crescendo a cada dia e já se tornou um item de extrema importância na rotina de boa parte da população brasileira, seja para momentos de lazer ou como meio de transporte. Para se ter uma ideia, em 2017, o aumento na fabricação de bikes cresceu 18%, totalizando 797.000 unidades.
Com esse dado, fica evidente o aumento rápido e crescente na busca por bicicletas. Entretanto, para que o usuário tenha maior conforto, performance e durabilidade do produto, é necessário escolher o tamanho ideal para o seu tipo físico e o modelo adequado para sua rotina.
Um dos primeiros passos é definir o objetivo, frequência e local do uso da bicicleta. Esta etapa consiste em decidir qual será sua relação com essa nova atividade, lazer ou meio de transporte. Urbana, Speed, Road ou Mountain Bike? Por isto, recomendamos muita pesquisa antes de fazer o investimento. Também pode ser interessante consultar um mecânico, lojista ou um atleta para captar dicas valiosas. O próximo passo é procurar pelo Bike Fit, que nada mais é do que uma avaliação da estrutura corporal do novo usuário e adequar à estrutura da bicicleta corretamente. Algumas lojas também oferecem outra opção de teste, como um pedal que mostra as diferenças entre modelos e tamanhos.
Segundo Daniel Aliperti, diretor-técnico da Pedal Power, os fatores relevantes para decidir um modelo e o tamanho do quadro são: morfologia e massa corporal, estrutura muscular, mobilidade das articulações, flexibilidade e áreas sensíveis (lombar, cervical, ombros). “Uma vez que todos esses pontos são considerados, a
escolha afunila-se no modelo e tamanho mais indicados. É importante observar se o topo do tubo superior está mais baixo do que o períneo do ciclista quando ele desce do selim para a frente e fica com o quadro entre as pernas, especialmente nas MTBs. Esse espaço entre o topo do tubo e o períneo deve ser de no mínimo 2cm para uma bicicleta de estrada, 4cm para uma urbana e 8cm para uma MTB”, explica.
O diretor também ressalta que o mais importante é encontrar uma bicicleta que permita ao condutor adotar uma postura neutra ao pedalar, sem hiper estender articulações, contrair músculos sem necessidade ou restringir mobilidade e relaxamento. Uma distribuição de peso correta também deve ser levada em consideração. A bike tem que ‘vestir’ o ciclista, os ajustes corretos permitem que essa integração seja positiva e eficiente.
Laís Saes, da Doce Fera Bike, acrescenta que uma bike leve e com uma relação de marchas boa faz toda a diferença. “Sabemos que quanto mais leve e com melhores componentes, maior o custo, mas existem no mercado várias opções para quem está iniciando e precisa apenas definir o quanto está disposto a gastar. Além disso, bicicleta costuma ser um vício e você sempre vai querer trocar peças para ter um equipamento moderno e atualizado”, comenta a proprietária da Doce Fera.
A escolha correta do produto pode prevenir alguns incômodos futuros, como lesões e dores crônicas. Por ser uma atividade de repetição com variações e picos de intensidade, o resultado do uso de uma bicicleta mal ajustada ao corpo do condutor não é positivo. Quem pretende pedalar com certa frequência – ao menos duas vezes por semana durante no mínimo uma hora – deve passar por uma sessão de ajustes ergonômicos específicos, já considerando que a bike seja do tamanho correto para o ciclista, permitindo que os ajustes sejam feitos com êxito.
Além da bike correta
Tão importante quanto escolher o modelo ideal é escolher bem os acessórios que completarão a experiência. Capacete, óculos e luvas são os itens mínimos e devem ser adquiridos, se possível, com a bicicleta. No caso de pedalar à noite ou de madrugada, quando não há luminosidade suficiente, boas luzes e roupas claras garantem que o ciclista não se torne invisível aos motoristas e enxergue buracos ou outros obstáculos. O diretor da Pedal Power diz que não recomenda capas com gel, pois elas adicionam cerca de meio quilo a bike e podem gerar instabilidade ao quadril, tornando-se desconfortáveis por pressionarem partes sensíveis do períneo.
Outra dica valiosa dos lojistas é desenvolver um bom relacionamento com algumas lojas e contar com o seu suporte, inclusive as que possuem serviços de pós-venda, especialmente se o uso for frequente e intenso, isso reduz eventuais dores de cabeça quando surgir um problema.
Todas estas tendências de esporte e mercado de bicicletas podem ser encontradas na Brasil Cycle Fair, que acontece entre os dias 22 e 24 de setembro, no São Paulo Expo.
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Artigo realizado por: Comunicação Brasil Cycle Fair
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