Para nós corredores o popularmente conhecido como “longão”. São corridas de longa duração a um ritmo constante.
O modo mais correto de se caracterizar uma “longa” ou “longão”, como queira, é pela sua duração: corridas acima de duas horas, e tentando manter os batimentos cardíacos lá embaixo. É correr de maneira agradável.
Correr desta forma é divertido tornando a corrida mais prazerosa, pois pra quem percorre longas distancias sabe que a cabeça nessas horas vai longe, e dependendo de seu estado emocional, pode atrapalhar e muito. Mas ai já é assunto para outro post...rs.
Vale dar uma olhada nos meus 2 posts anteriores:
Já para os futuros maratonistas que me perguntam como são os meus treinos para as maratonas, segue aqui algumas dicas fundamentais, ao meu ver, que podem ajudar e muito quem está embarcando nas longas distâncias.
Lembro, mais uma vez, que é fundamental o acompanhamento de um profissional, pois ninguém quer ter problemas de fraturas e perder tudo que conquistou até aqui, né?!
Dito isso, vamos lá então.
Preparativos Vestuário: o calçado e o vestuário (camiseta, shorts e meias) que serão utilizados no dia da prova devem ser testados anteriormente durante os treinamentos, sobretudo os longos, pois alguns problemas (bolhas, calos, irritações na pele) só se manifestam após algum tempo de corrida. Alimentação: Seu corpo só estoca carboidrato sob a forma de glicogênio muscular suficiente para rodar 30 a 36 km; é preciso repô-lo antes que a reserva se esgote, o que pode ser feito por meio de energéticos tais como sachês de gel de carboidrato, bebidas esportivas, barras energéticas ou frutas desidratadas. Teoria da carga glicogênica: visa ampliar a eficiência da suplementação de carboidratos e diz respeito ao aumento da concentração de carboidratos no período pré-competição. Envolve treinos de intensidade progressiva nos primeiros quatro dias da última semana de preparação, acompanhados de uma redução acentuada na ingestão dos carboidratos e mais de proteína. Após esses primeiros quatro dias, os treinos devem ser reduzidos e a ingestão de carboidratos aumentada e reduzia a de proteína. Essa técnica permite ganhos comprovados de até 40% no total do glicogênio acima dos níveis normais do atleta, garantindo melhor desempenho. Lembre-se: a alimentação que antecede a prova e a suplementação que será utilizada durante a mesma também devem ser testadas previamente. Nada de coisas novas e que nunca foram utilizadas nos treinos diários deve ser introduzido no grande dia. Hidratação: outra estratégia que deve ser considerada de muita importância é a reposição hídrica e energética durante a prova, e que deve ser ensaiada também durante os treinamentos longos. Viagem: viagens longas trazem uma sensação desagradável de cansaço... Distúrbios na alimentação e no repouso irão interferir no resultado. Na medida do possível, escolha uma prova perto de casa ou procure chegar dois dias antes em maratonas mais distantes. Se der, pelo menos na ida troque o ônibus por avião. Multidões: Se pretende baixar tempo, evite provas nas quais você terá que "negociar" espaço com a multidão durante os primeiros quilômetros até que a pista fique mais livre. Além de ser um fator de stress, essas disputas poderão comprometer seu resultado. Estratégias para a prova 1) Maratona: 32 + 10 km Para se adquirir uma expectativa psicológica otimista, uma das estratégias adotadas por muitos corredores é dividir os 42 km em duas partes: a) uma corrida longa de 32 km, distância que os maratonistas estão acostumados a treinar, em ritmo confortável/moderado, ligeiramente mais lento que o previsto para a maratona. Isto objetiva preservar as reservas de energia (carboidratos). b) uma prova de 10 km em ritmo forte. Com as reservas de carboidratos preservadas, o atleta estará confortável para tentar alcançar outro corredor ou um grupo de corredores mais à frente, garantindo-lhe motivação para o fim de prova. A nível psicológico, assim dividida, uma maratona passa a fazer sentido para o atleta. Mesmo que o ritmo dos últimos 10 km venha a cair por diversos motivos, o corredor estará mentalmente preparado para enfrentar o esforço mais difícil, ou seja, o trecho final do percurso. 2) Economia de esforço Na maratona, para que se obtenha o máximo em termos de economia de esforço (redução do gasto energético), uma opção é que o corredor mantenha uma variação mínima no ritmo competitivo. Essa variação deve ser de até 2% (para mais ou para menos) do ritmo de prova, pois isto implica em maior dispêndio energético e, em consequência, falta de combustível para a manutenção ou aumento do ritmo no trecho final. Para determinar o ritmo competitivo, propõe-se um teste de 15 km, distância que atende às necessidades do maratonista em relação às suas capacidades de resistência e de velocidade. O teste deve ser realizado em local preferencialmente plano e com a devida marcação e o corredor deve se empenhar para obter a melhor marca. O ritmo competitivo do corredor (para a maratona) deve ser de 85 % do ritmo médio dos 15 km. Exemplo: Teste de 15 km: 1h15’, ritmo de 5’00”/km ou 300’’/km. Ritmo de prova: (300’’/km) / 0,85 = 353’’/km = 5’53’’/km Ritmo de prova com variação de 2 %: 5’45’’/km a 6’02’’/km (expectativa de conclusão da maratona entre 4h02’ e 4h14’) Deve-se considerar que percursos muito duros, com muitos aclives ou declives, "quebram" o ritmo do corredor, o que aumenta o gasto energético e resulta em pior resultado final. Outro fator de elevada dificuldade para o corredor é a temperatura ambiente e a umidade relativa do ar. Em temperaturas acima de 28ºC e umidade relativa maior que 60% é quase impraticável o alcance de um bom resultado competitivo. Nesse caso, como medida de precaução, podemos considerar uma perda no ritmo competitivo maior que 5% do ritmo normal. Treinamento. Como dica de treinamento para adoção destas duas estratégias, sugere-se que o corredor, ao realizar seus treinos longos, divida-os em dois ou três momentos. Para o nosso corredor já exemplificado, segue proposta para um longão de 30 km corrido em três etapas contínuas: - 12 km acima de 6’02’’/km - 10 km entre 5’45’’ e 6’02’’/km - 8 km abaixo de 5’45’’/km. As distâncias podem ser invertidas, de acordo com o condicionamento do corredor. O que importa é terminar mais rápido que começou, lógica que deve ser adotada também para longões mais curtos. Pode-se também dividir o longão em dois trechos apenas. O primeiro trecho, com dois terços a três quartos da distância total, mais leve, mas nunca em ritmo superior a 95 % do ritmo de prova (para o nosso corredor, 6’11’’/km). O último, no ritmo de competição ou abaixo dele. 3) Split negativo Split negativo significa fazer a segunda metade da maratona em ritmo superior à primeira. É uma estratégia para profissionais: nas principais provas do mundo a os ponteiros costumam segurar o ritmo na primeira parte ou até o km 30 e só então começar a forçar. Fazer o split negativo não é fácil, mesmo para os bem treinados, por duas razões em especial: a) é difícil manter um ritmo mais confortável/lento no início da prova, pois como o atleta está descansado, o mesmo é tentado a acelerar; b) a desidratação sempre acontece numa maratona, mesmo que o atleta se hidrate em todos os postos. Ela reduz o volume de sangue circulante e eleva a frequência cardíaca, de forma a compensar o menor envio de nutrientes aos músculos, ocorrendo uma diminuição na velocidade de limiar anaeróbio. Essa diminuição do ritmo de corrida objetiva compensar o aumento da concentração do lactato no sangue, evitando que o corredor “quebre”. 4) Parceria Ritmo é fundamental. Largar muito rápido ou lento são erros frequentes. Sobretudo se é sua primeira maratona, encontre ou convide alguém mais experiente para correr em determinado ritmo e deixe por conta dele as preocupações com o tempo. Tudo o que você terá de fazer será acompanhá-lo, o que já não será pouco. Lembre-se: o equilíbrio físico e emocional é a pedra fundamental do exímio maratonista. Portanto, para quem pretende se preparar para os 42 km, a atenção aos detalhes e a escolha de uma correta estratégia de corrida são fatores que farão grande diferença no momento crucial da competição. Referências:
http://www.revistacontrarelogio.com.br/materias/?Estrat%C3%A9gias%20para%20uma%20boa%20maratona.247
Blog Tô Correndo http://www.revistacontrarelogio.com.br/materias/?Maratona%20sub%204?%20Sim,%20você%20consegue!.375
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